segunda-feira, 20 de abril de 2015

às bolas....



As Bolas estão aí na Primavera / Verão.
Eu adoro bolinhas, sobretudo estas versões dálmatas!
Acho hiperfeminino. Gosto.

Bolas para toda a gente,

para a Moda não há idades há estilos.

quinta-feira, 9 de abril de 2015


Podemos sonhar com esta campanha PRADA para o Verão...e as fotos são óptimas.




Bem, vou ali à Parfois...comprar uma malita, são bem giras! Há umas em tons pastel


domingo, 15 de março de 2015

Um dia roubo-te um beijo...

Não precisas roubar, é só pedir




Festejar 10 anos de Amor pode ser vulgar, mas não para mim, até porque o amor não tem nada de banal. Não se explica, não se percebe, não tem idade, acontece!

Vi-o numa reunião a que o chamaram, achei-o interessante, alto, magro, cabelo meio comprido... mas arrogante e convencido. Sabia tudo, falava pelos cotovelos.
Passaram meses, esqueci que um dia o vira.
O meu atelier fechou, fiquei desempregada e fui parar à empresa onde ele trabalhava. Coincidência, destino, sorte.
Apaixonei-me, perdidamente, voltei a ter borboletas no estômago, só queria estar ao pé dele, inventava tudo para o ver, ria do que ele ria, ouvia-o com enlevo. Almoçávamos todos em grupos no emprego, comecei a ficar sempre ao lado dele, quando sem querer a sua mão roçava na minha, eu tremia, suava, desejava. E ele no início não percebeu nada, claro. Esqueci a diferença de idades, isso para mim nunca foi um problema, nem me questionava que para a maior parte das pessoas é uma dificuldade, sobretudo quando a mulher é mais velha. Preconceitos.
Começámos a ir ao cinema, a sair com amigos, a ir dançar… embora ele não goste de dançar.
A dada altura tivemos uma viagem a Madrid com a empresa e aí sim, iniciámos um romance.
Na altura pensava que embora me sentisse muito feliz, iria ser uma aventura porque ele era realmente muito novo. 
Mas quem tem garantias no amor, ninguém.
E festejamos agora 10 anos de amor, onde a idade nunca foi uma barreira.
As minhas filhas gostam imenso dele.

Construímos muita coisa juntos e continuamos em romance, vivendo o dia a dia a dois e em aprendizagem um do outro. Sempre.


quinta-feira, 12 de março de 2015

Na mitologia grega, Ftono (em grego Φθονος, "inveja", "ciúme") é a personificação e o deus da inveja.






É o que eu mais abomino!
O ser humano devia auto-analisar-se, conhecer-se, não se projectar tanto no espelho,  
e não entrar em negação...
E falo para mim também, todos necessitamos de saber quem somos.



Novembro 2014
Não sei como é que consegues ficar em casa tantas vezes doente, eu que tive um acidente de carro, não fiquei...  
Não ficaste porque não quizeste, não podes porque trabalhas à comissão, adoras vitimizar-te...és invejosa, sei lá!!?   
Comparar doenças?? É mórbido sabias?                                  
Hello!!  O que é isto?? Que tipo de conversa é esta de uma suposta amiga ??
Não é de amiga. 
Eu permaneço em casa porque as enxaquecas me obrigam a ficar no escuro, todo o dia. 
Nunca tive baixa até agora, tenho 58 anos... e depois não tenho que te justificar nada.
Acabou agora aqui toda a estima que eu tinha por ti. Só isso!!






terça-feira, 10 de março de 2015

"Andar na Moda"

Sempre gostei muito de Moda, lembra-me das minhas tias me dizerem com ar critico, andas sempre na Moda. "Andar na moda" para elas era ser diferente, e isso não era bom. Quando te vestes de forma diferente, normalmente também pensas divergentemente, dizia alguém.
A moda sempre ajudou a derrubar mentalidades, barreiras.
Ajuda a criar personagens, cada dia podes ser uma mulher diferente! Nunca fui escrava do que se usa, adapto-me logo é verdade, porém há coisas que nunca gosto. Estou a lembrar-me de coletes, que jamais visto, não gosto mesmo!
E a idade não deve influenciar nada, algum cuidado na escolha em função do corpo, porque a maioria de nós está mais "forte", só porque ultrapassámos os 50 anos, não temos que nos vestir como velhotas, até porque não somos, a nossa cabeça não é, e também não temos que nos preocupar com a vizinha do lado. Somos nós mesmas e a roupa presta-se tanto a isso!

Eu sei exactamente que peças agradam às minhas melhores amigas ( são amigas de infância), porque o vestuário as define também como pessoas, e isso é muito engraçado cultivar. E é também um sinal de actualidade, que nos importamos com tudo à nossa volta.
Celine Primavera 2015




quinta-feira, 5 de março de 2015

50 anos de Música no Coração

A famosa familia von Trapp


A Música no Coração faz 50 anos.
O musical mais visto do planeta, mas sempre que passa na televisão não resisto e fico a ver,
apesar de já o ter visto centenas de vezes. Acho que acontece isto com todas nós. É mágico.



domingo, 1 de março de 2015

Velhos novos e novos velhos


O ser cinquentona, não me incomoda, o que me aborrece verdadeiramente é perceber que a maior parte das pessoas considera que eu sou realmente uma velha, tentando parecer nova na maneira de vestir e de falar. E como eu tantas cinquentonas, sextagenarias. Idiotice total.
Uma mulher de 50 anos é só uma mulher de 50 anos. Eu sinto o preconceito da idade em várias áreas, a atitude correcta é ignorar e dar a conhecer-me!
Eu sou uma cinquentona é a realidade, mas acima disso sou uma mulher com a força que qualquer mulher tem e que vira leoa se a acossarem muito. Tenho altos e baixos como todo o ser humano. Aprendi a ouvir mais e a ver melhor, não consigo deixar de ser impulsiva, para isso precisava de outros 50… a maturidade aprende-se sem perder a juventude.
Interesso-me por tudo o que acontece no mundo, tenho as minhas causas, sou feminista qb, mas sobretudo quando há abuso de autoridade masculina. Gosto de todo o tipo de arte, adoro ler, leio um livro por semana( é uma meta),acho que a literatura nos ensina tudo o que não vivenciamos, adoro pintura, não conheço tanta pintura moderna como gostaria, mas procuro ter acesso a ela. Mas os impressionistas continuam a ser os meus eleitos. Não vivo sem música, estou sempre a ouvir as músicas de toda a minha vida e sempre actualizar o IPod com outras novas. O cinema é um dos meus passatempos preferidos. Viajar, isso sim é viver, não importa a idade que se tenha. Viajar com o meu namorado, descobrir juntos novos lugares ou viajar com amigos e divertirmo-nos em locais desconhecidos, são memórias para a vida.
 Mas claro que todos os gostos são subjectivos, mas não podem nunca é ser de mau gosto!
Gosto muito de ser mulher, engraçado nem em miúda me passou pela cabeça ser homem. Aos seis anos queria ser bailarina, andava sempre a dançar no meu quintal. Confesso nunca fui boa dançarina, mas gosto muito. Sou super feminina, isso não muda com a idade, porque a cabeça não muda ( talvez aos 90…), adoro trapos, moda, sapatos, perfumes, maquilhagem. Mas isso não faz de mim uma mulher fútil. Nunca concordei com a ideia de que para ser cativante, tinha que ter rastas no cabelo e buço. 


Não somos nem nunca seremos estrelas de cinema, mas somos nós próprias e devemos ter o respeito de nos arranjarmos minimamente para nos sentirmos bem. Não há aqueles dias em que nos achamos tão bem que acreditamos que vamos arrasar o mundo?
No sexo não há diferenças com a idade, no início da paixão, a loucura é maior, ninguém quer sair do quarto, nem para pedir pizza, depois acalma mais toda a gente sabe mas é mais criativo. Mas existe paixão e amor. Não pode acabar, senão não estamos vivos.
Mas felizmente a grande maior parte do tempo nem me lembro da idade e continuo como sempre a ser brincalhona, palhaça e a dar gargalhadas bem alto, porque adoro rir. 
Como diria a Clarice Lispector “Ser bobo é uma criatividade e, como toda a criação é difícil. Por isso é que os espertos não podem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida”.
Eu sei que é fácil deixar-se envelhecer, com a vida a correr tão rápida, escola, trabalho, maridos, casamentos, divórcios, filhos. Mas agora aos 50 anos temos mais tempo para nós, é sempre bom aprender coisas novas, não nos deixarmos arrastar pelo marasmo. A força da mulher está na sua capacidade de transformação, de começar de novo. Sempre!
Há tantos jovens velhos, que entram cedo na engrenagem a que chamam vida, trabalho, casamento, filhos, futebol, cerveja e amigos. Nada contra se não for só isso. Há que criar interesses, tentar aprender sempre, não ligar à vizinha do lado, olhar-se no espelho e pensar que quero ser uma mulher interessante, boa pessoa, gira, divertida. Senão sim, essas jovens vão perder o encanto cedo, porque a beleza tem que ser apoiada pelo intelecto, temos que ser donas de nós próprias, só assim podemos crescer bem e ficar antigas, com o devido valor de uma antiguidade.
Ser mulher é não ter idade, para mim entre tantas coisas boas, é ver as minhas filhas e comover-me só de as olhar, e pensar que grandes mulheres. Ouvir a gargalhada da minha filha mais nova e rir porque ela tem um riso tão contagiante. Ouvir a mais velha falar e aprender algo de novo. Ser mulher e mãe é ter sempre este amor incondicional que nos afaga a alma.

Tenho 58 anos e sou uma mulher absoluta.

Bateria (instrumento musical)



Sábado à noite, decidimos, eu e o meu namorado, ver o último filme da corrida aos Óscares que nos faltava assistir, The Whiplash. Gostei, é um bom filme que fala da prepotência de um professor de música sobre os seus alunos, exercendo violência, medo, intimidando-os, acreditando ser esse o caminho que os leva aos limites da criatividade. Muito bom.
O J.K.Simmons ganhou o Óscar com o personagem de professor, para papel secundário.
Quando acabou o filme fiquei um pouco triste com o final já previsto,  e ao mesmo tempo adorei a música, é uma jazz band e termina com um solo de bateria.
E assim, fui levada pela máquina do tempo, e lembrei-me de um solo que eu adorava aos dezasseis anos, dos  Deep Purple,  “Mule” do álbum Made in Japan (1972), que o meu boyfriend pesquisou na net e colocou na TV para ouvirmos. É brutal…rock puro!!  Não sou saudosista, já o disse várias vezes e é verdade. Tenho é por vezes pena de não tempo para rever tudo o que eu gosto e é intemporal. Só me apetecia dançar.
Ainda dançamos um pouco…

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Sonho com a Primavera...

Sonho com a Primavera, hoje abri as portadas do meu quarto e o sol entrou sem pedido de desculpas.
Ainda é inverno e o vento continua teimoso, a abanar tudo, a forrar o meu quintal de castanhos esverdeados, é bonito.
Mas posso já sonhar com a primavera e as futilidades, que fazem parte da vida de uma cinquentona, nem só de coisas sérias e chatas se vive.

Sapatinhos para a primavera, já adorei. Vamos conhecê-los e sonhar.
et voilá:

Uns sapatos perfeitos para passearmos a Primavera:

Umas botas para entrar na Primavera e continuar pelo Verão fora:







Para bater a calçada Lisboeta








Para aproveitar a noite

Nightcrawler

Voltando ao cinema, há um filme que eu gostei muito, e aconselho a não perderem.
Deveria ter sido nomeado pela Academia...com o panorama deste ano.
Nightcrawler é uma boa história de drama e suspense, com um actor que me surpreendeu agradavelmente Jake Gyllenhaal e também a Rene Russo.

CRESCER DÓI

Boyhood

A minha filha caçula, como dizem os brasileiros, diz-me no tom doce dos seus 26 anos:
sabes mãe, acho que estamos a crescer as duas ao mesmo tempo.
Rimo-nos.
Tem razão, estou a ficar adulta. Não é fácil aos 58 anos crescer, enfrentar o mundo e perceber  que todas as pessoas são boas e más quando é preciso. Incluindo eu também.
Sempre confiei imenso em toda a gente e passei pela vida satisfeita e contente. Não pateta alegre, porque é claro que me aconteceram situações desagradáveis e dolorosas, a pior de todas, a morte do meu pai, que era o meu herói. O meu divórcio, não porque eu não o quisesse, mas é sempre complicado. Empregos, desempregos, amores e desamores. Uma vida vivida até ao tutano, mas acreditando sempre que o dia seguinte estava para vir e que o ser humano valia a pena. Costumo pensar que passava-me tudo ao lado, nem me tocava.
Feliz inconsciência.
Ainda acho que o ser humano vale a pena, alguns valem, outros nem por isso.
Fiquei mais desconfiada, menos alegre, mais fechada. Não posso partilhar como gostaria porque não me entendem. Sempre soube que onde se trabalha não se faz amigos mas colegas. Mas eu sempre fiz amigos, e acreditava ser possível, as coisas mudaram? Eu mudei? As pessoas mudaram? 
Agora o espaço parece Bronx, funciona por gangues, quem manda aonde?
Talvez eu esteja a crescer e veja tudo mais nítido. Passei a andar sempre de óculos. 
 E aos 50 anos ver problemas de mesquinhez  que nada tem a ver com o trabalho é triste!
Eu tenho um bocado de mau feitio, tenho dificuldade em suportar a ignorância de quem não faz um esforço para o não ser, de quem passa o tempo a ver reality shows, a ouvir musica pimba. Sem viver o seu tempo. Sem interesse em saber como vai o mundo, que há guerra na Ucrânia não, não é longe, é mesmo aqui, na Europa. Que os Gregos como nós também fizeram porcaria, também usaram e abusaram do dinheiro da EU, que não são nenhuns santos. Mas acordaram e perceberam que só a pagar juros eternamente e sem investimento um País não cresce, arregaçaram as mangas, tiraram as gravatas foram à luta e conseguiram. São 4 meses à “experiência”, mas aí estão. Mas a quem é que isso interessa?…
Tenham curiosidade pelo mundo em que vivemos.
O que interessa mesmo é aparentar ter poder num emprego, num local com 12 pessoas?Esconder, mentir… “tipo gangues de Bronx, dividir para ganhar”. Só de pensar nisto fico desanimada confesso. Sempre gostei de dizer o que penso, agora calo-me. Tive medo de perder o emprego. Já não tenho. Não sou de me influenciar, posso ter sido conivente, mas quando fica tudo surreal, não aguento mais.
Saio fora.
E agora voltei com a determinação de nunca mais deixar de ser eu própria, trabalho é trabalho.
Mas crescer dói.



sábado, 21 de fevereiro de 2015

SAPATOS – UMA OBSESSÃO!



Dorothy no Feiticeiro de Oz
Eu adoro sapatos, é paixão mesmo, diria quase insana. E vai muito para além da moda. Já fiz loucuras “financeiras” para comprar sapatos. E mesmo que os meus pés não partilhem comigo o mesmo gosto, who cares. Eu bem os vejo, sinto-os protestarem, se são stilletos porque além de estreitos são altos, se sabrinas sentem as pedrinhas todas da calçada, se botas chelsea são difíceis de calçar, se aberto atrás (chanel) comem-me os calcanhares, nunca ficam felizes, ou raramente, ao contrário de mim.
Mas nada disso interessa. Já comprei sapatos de tamanho superior, inferior, por não haver o meu tamanho. Alguns só consegui usar um dia… outros levo-os na mala e uso nos jantares, nos casamentos.
Mas o prazer que tenho ao comprar uns sapatos novos é inigualável. É o gosto da escolha (aspiracional), a experimentação, o olhar os sapatos no espelho (prolongamento das pernas, um prazer lúdico) e depois (hábito) o usá-los no dia a dia. É a sensação de ser uma nova mulher.
E quando são velhos, tornam-se uns amigos inseparáveis, confortáveis, pacientes, são grandes companheiros de férias.
Os sapatos são fundamentais para a nossa existência, o nosso escape ao quotidiano nada fácil. Eles permitem-nos partilhar prazer, glamour à medida do nosso gosto. Compramos sapatos e somos outras mulheres. É loucura, eu sei. São mimos, que oferecemos a nós próprias, todas nós mulheres, podemos ter este prazer.
Porque os sapatos não excluem ninguém socialmente, Podemos não ser o modelo ideal, seja lá o que isso for, mas estamos sempre na actualidade. Somos gordas, magras, altas, baixas, novas, mais velhas, menos novas, aqui não há descriminações nem restrições. Pelo contrário há para todos os gostos e bolsos. Cria o nosso próprio estilo, deixa-nos desenvolver personagens. 

Louboutin 

A minha filha mais nova sai para comprar roupa que necessita e aparece-se sempre com uns sapatos, que não precisava. Ou então diz que vai comprar uns sapatinhos baixos que lhe dão mais jeito para trabalhar e compra uns stilettos de 12cm!!

Os sapatos têm uma longa história:
Os psicólogos (e a História) lembram que o acto de beijar os pés era uma veneração, era um hábito comum na antiguidade, será que também queremos ser reverenciadas??
Na China antiga, os sapatos eram mais pequenos que os pés, por forma às mulheres caminharem lentamente num acto de subserviência; Na Grécia as cortesãs usavam tachas presas às sandálias como sugestão para serem seguidas; No Egipto só as mulheres de classe alta usavam sapatos; Em Veneza no séc. XV só as de classe alta usavam saltos (símbolo de status e maior controle dos maridos, porque andavam mais devagar); no séc. XVIII Maria Antonieta, tinha uma enorme coleção de sapatos, e quando subiu ao cadafalso, deixou cair um dos sapatos. Sapato esse, testemunho histórico, que está agora no Musée des Beaux-Arts.
Os sapatos tiveram sempre uma conotação de evolução social, tal como a moda de que fazem parte. Estou a lembrar-me dos bicos finos dos anos 50, que marcavam o New Look do pós-guerra e, depois nos anos 70 aparecem as botas brancas futuristas, as sandálias, os chinelos hippies.
Hoje em dia, no séc. XXI, os sapatos continuam a ser a nossa loucura coerente ao estilo de cada um, com a alienação insensata de podermos usar todo o tipo de sapato desde que nos sintamos bem.
É óbvio que os sapatos também são libertadores, eu posso usar ténis, sapatilhas botas rasas, galochas quando quiser, a simbologia dos sapatos evoluiu ao mesmo tempo que a humanidade. Eu acredito na humanidade, ainda.
Dizem que os sapatos têm um forte poder de sedução o que aumenta a nossa auto-estima.
Sim a imagem de um pé descalço na areia, na terra, no chão de casa é sensual… O erotismo duns saltos altos, é a imagem de: eu posso!

O meu pai dizia-me sempre: só estás bem calçada se tiveres uns saltos!
Marylin Monroe e que sapatos
Eu acredito que não há mal nenhum em termos esta verdadeira paixão pelos sapatos… não será equivalente ao que os homens gostam de carros. Meninas, isto não é uma competição.

E melhor ainda não há idade para os sapatos, mas sim gostos, estilos, provocações.

Aos 50 anos podemos usar qualquer tipo de calçado.

Eu agora ando assim, numa versão mais cool, por causa do frio.
Botinha da Mango, tem caminhado comigo o Inverno todo!

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Menopausa




A menopausa foi sempre algo que nunca me preocupou, considerava que era uma nova fase da minha vida, só isso. 
E aos 58 anos, já tive tantas novas fases, tantos novos começos, que era só mais um. Comecei a menopausa aos 52 anos,  não tinha qualquer sintoma diferente,  fiz sempre todos os exames preventivos, mas só isso. Tudo continuava igual. Uma das minhas melhores amigas dizia-me por vezes, que conforme a idade avançava as coisas podiam mudar, aconteceu com ela. E ela é tudo menos pessimista.
Aos  54/55 comecei a ter montes de enxaquecas, enxaquecas que me faziam faltar ao emprego, ficar no quarto com tudo escuro. O típico destas dores de cabeça. Procurei uma médica ginecologista, especialista em menopausa e fiz durante um ano compensação hormonal, só que as enxaquecas não desapareceram. Ao fim de um ano, deixei de tomar, e resolvi fazer  exames médicos a tudo o possível de fazer enxaquecas.  Quanto mais idade  menos defesas temos, algo estava atacar-me e eu tinha que descobrir o quê.
Entretanto comecei a engordar, devagarinho, porque tinha muito mais apetite, e quando me apercebi  e caí na real tinha engordado 12 kg.  Eu nunca fui de comer muito, mas a comida dava-me mais prazer. Sempre fui gulosa, mas agora comia bolos todos os dias… eu não queria ficar gorda, nunca gostei de me ver mais gorda, então comecei a fazer dietas, mas muito simples, só retirar os hidratos de carbono, perdi  3kg, mas não passo de + 9kg. Já brinco com isto, todas as segundas-feiras começo a dieta. Mas não passa de segunda-feira, tento é manter este peso…pelo menos isso! Sou muito preguiçosa… e fazer dieta implica fazer refeições diferentes. Desculpas…
 Depois dos exames todos feitos, não tinha nada que justificasse as enxaquecas, descobri que o colesterol está um pouco mais alto, mas a própria idade ajuda-o a subir. Descobri que tenho dois pedregulhos na vesícula, mas uma dieta sem gorduras resolve, por agora não é preciso operar. Pode ser uma razão das enxaquecas, mas actualmente não como gorduras porque senão a balança dispara mesmo.  Obviamente que a idade trás destas coisas, mas não posso deixar que isto me altere a vida, é só ter mais cuidado com a alimentação porque eu acredito que nós somos mesmo o que comemos.
Então resolvi fazer testes às intolerâncias alimentares, e voilá! Sou intolerante ao glúten, à lactose e a uma série de alimentos. Deixei de comer glúten ( foi muito difícil porque ainda gosto mais de pão que de bolos…), o glúten está por todos o lado… e lactose, e alguns dos outros alimentos proibidos, estes não todos confesso, de vez em quando peco. O importante é que não tenho mais enxaquecas. E  se comer, por exemplo um croissant de massa folhada, no dia seguinte: enxaqueca.
É realmente uma nova fase da vida, temos que nos habituar às alterações, mas vejamos pelo lado positivo. Não comendo glúten desinchei imenso, tenho o mesmo peso, mas o meu corpo secou e está mais elegante. Não tenho dores de cabeça. Foi da menopausa, acredito que sim, fiquei mais vulnerável.
Pode ser que em Março volte a mexer-me, eu adoro o meu sofá, e de Inverno hiberno nele. Não vou a ginásios, faço parte daquele grupo de mulheres que paga o ginásio, mas nunca vai. Agora que o dinheiro está cada vez mais caro, deixei-me disso e assumi que os ginásios não são para mim. Não me engano mais. Mas gosto muito de caminhar, então isso faço, não as vezes que deveria, mas faço. Até já fiz umas mini maratonas a caminhar, tipo Ponte Vasco da Gama e outras, funcionam como objectivo para “treinar”.
A menopausa não muda a nossa vida, altera algumas coisas, mas com força e autoestima continuamos a viver bem e sobretudo a ser feliz.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Cinema


Gosto muito de cinema, acho uma arte perfeita. 
Mexe com todos os meus sentidos, embora não perceba patavina de cinema. Tenho os meus critérios de escolha. And here I go.
O último filme que vi, foi o Birdman do Iñárritu, com um actor canastrão, de blockbusters, do Batman (eu gosto do Batman) – Michael Keaton – e não é que o homem se transformou, está fantástico, surpreendente. O filme é àcido, a eterna luta de egos, com humor. Iñarritu que me lembre (Babel) não é de humores. Os actores são todos óptimos e o texto, para mim, resulta maravilhosamente. Eu voei mesmo com o Birdman.


Corrida aos OSCARES       Oscar Academy Awards 2015:
- Birdman (adorei)
- Boyhood (achei interessante)
- Grand Budapest Hotel (adorei o filme e a realização)
- A Teoria de Tudo (gostei muito, sobretudo da história, conhecia pouco do Stephen Hawking, o trabalho do actor é brilhante)
- O Jogo da Imitação (gostei, da história e do actor)
- Sniper Americano (gostei do actor, esperava mais…adoro o Clint Eastwood)
- Selma (não vi)
- Whiplash – Nos Limites (não vi)

Vamos ao cinema, além de ser fascinante, mantém-me viva, actualizada.



Crescer depressa, ser adulto. Todos desejámos isso.

Agora, brinco e digo que cada vez estou mais crescida, porque envelhecer não me apetece.
A palavra envelhecer é bonita, dá-te o próprio tempo-espaço só por si.

Vês, com mais ou menos nitidez, os espaços que ocupaste, que invadiste e a sua importância, num tempo de permanência maior ou menor, cheio de sorrisos e sobretudo de inconsciências.
Maravilhosas inconsciências.

Há quem goste de envelhecer, guardar o tempo. Eu não gosto, tenho 58 anos, pouca memória e não gosto de envelhecer. A Marlene Dietrich dizia que “o segredo da felicidade é uma péssima memória”.

Mas como é inevitável e fatal.

Deixa então de ser um problema, é mesmo a solução. 

Porém tanto eu como as minhas amigas não estamos adorar, trás alguns problemas inerentes. Fazemos por não ligar, ser indiferente, mas gostar não. Digo que não me incomoda. Rimos, gozamos com esta fase da vida.
Algumas aborrecem-se bastante, ou nem sequer conseguem  lidar com isso.
Eu confesso, a maior parte do tempo não me incomoda mesmo e depois há gente nova velha e velhos novos.

Vamos conversar sobre esta coisa de ser cinquentona e os nossos mundos.
Vamos tentar ignorar os clichés da moda e lembrar que a idade são só números.

E até a moda já mudou.  

Campanha Marc Jacobs Beauty 2014 com Jessica Lange