Não precisas roubar, é só pedir
Festejar 10 anos de Amor pode ser vulgar, mas não para mim, até porque o amor não tem nada de banal. Não se explica, não se percebe, não tem idade, acontece!
Vi-o numa reunião a que o chamaram, achei-o interessante, alto, magro, cabelo meio comprido... mas arrogante e convencido. Sabia tudo, falava pelos cotovelos.
Passaram meses, esqueci que um dia o vira.
O meu atelier fechou, fiquei desempregada e fui parar à empresa onde ele trabalhava. Coincidência, destino, sorte.
Apaixonei-me, perdidamente, voltei a ter borboletas no estômago,
só queria estar ao pé dele, inventava tudo para o ver, ria do que ele ria,
ouvia-o com enlevo. Almoçávamos todos em grupos no emprego, comecei a ficar
sempre ao lado dele, quando sem querer a sua mão roçava na minha, eu tremia,
suava, desejava. E ele no início não percebeu nada, claro. Esqueci a diferença
de idades, isso para mim nunca foi um problema, nem me questionava que para a
maior parte das pessoas é uma dificuldade, sobretudo quando a mulher é mais
velha. Preconceitos.
Começámos a ir ao cinema, a sair com amigos, a ir dançar… embora
ele não goste de dançar.
A dada altura tivemos uma viagem a Madrid com a empresa e aí sim,
iniciámos um romance.
Na altura pensava que embora me sentisse muito feliz, iria ser uma
aventura porque ele era realmente muito novo.
Mas quem tem garantias no amor, ninguém.
Mas quem tem garantias no amor, ninguém.
E festejamos agora 10 anos de amor, onde a idade nunca foi uma
barreira.
As minhas filhas gostam imenso dele.
Construímos muita coisa juntos e continuamos em romance, vivendo o
dia a dia a dois e em aprendizagem um do outro. Sempre.
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